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RH que abraça a árvore: como se tornar estratégico

Especialista aponta que o RH precisa equilibrar cuidado humano e visão de negócio para fugir do perfil pouco atrativo e gerar resultados reais

Lidar com a mente humana nunca foi tarefa simples. Manter as pessoas produtivas em meio a tantos estímulos externos é um desafio crescente e, paralelamente, a competitividade do mercado obriga as empresas a lutar diariamente para atrair, reter e motivar talentos. Nesse cenário, o papel do profissional de RH se torna cada vez mais crucial. Mas por que, então, nem todos reconhecem seu valor? A resposta pode estar em uma expressão que vem ganhando espaço entre executivos: fugir do “RH que abraça a árvore”.

“É muito comum, quando somos procurados por C-Levels de empresas em fase de crescimento acelerado, ouvirmos algo como: ‘Eu preciso de um RH bom, não um RH que abraça árvore’. No fundo, o que eles querem dizer é que precisam de um RH que, além de entender profundamente de gente, saiba também resolver problemas de negócio. Alguém que tenha visão estratégica, que conecte as ações de RH ao que faz sentido — e ao que é viável — para a empresa. Um RH que entenda que seu papel é trabalhar o como, construindo caminhos que realmente levem aos resultados que a organização precisa”, explica Maria Eduarda Silveira, fundadora da BOLD HRO, empresa de recrutamento executivo e desenvolvimento organizacional.

Segundo a especialista, é indispensável não radicalizar. “Por definição, o RH existe para olhar para o lado humano. Mas isso não significa que precisamos ser 8 ou 80. Não é sobre falar apenas de humanização, sem nenhuma conexão com o negócio, nem sobre focar exclusivamente no resultado financeiro, como se o único objetivo fosse o lucro. O ponto é equilibrar: entender de gente e entender de negócio — porque um só funciona bem quando está conectado ao outro”, reforça Maria Eduarda.

Cultura como diferencial estratégico

Quando se fala em cultura corporativa, poucos nomes têm tanto peso quanto Marcela Zaidem, fundadora da consultoria Cultura na Prática, especialista com mais de 18 anos na área de pessoas, ex-diretora e sócia do G4 Educação, com projetos de cultura para empresas como Profarma, Cosan, Disney, FoxSports e ThyssenKrupp.

Marcela relata que a expressão também aparece com frequência em sua rotina. “Sou procurada por fundadores que chegam pedindo ajuda para estruturar um RH capaz de construir uma cultura forte de vendas, de pessoas com sangue nos olhos. Muitos usam como exemplo o G4 e dizem que querem fugir do RH que abraça a árvore”, comenta.

A empreendedora afirma que, embora tenha criado a Cultura na Prática para apoiar empresas em temas de cultura de forma ampla, a demanda por transformar o RH cresceu tanto que levou à criação de soluções específicas para treinar profissionais da área.

Resultados comprovados

Para Marcela, a chave está na cultura. Ela cita um estudo da Harvard Business Review (2023), que aponta que empresas com cultura forte registram crescimento de receita quatro vezes maior que as demais.

“Profissionais de RH que querem se diferenciar devem focar em como promover uma cultura de resultados. O desconforto de muitos empreendedores e diretores em relação ao RH surge porque as ações muitas vezes se desconectam dos objetivos de negócio. Eu nunca vi um empreendedor ser contra algo que gere resultado claro. O RH precisa ser estratégico. Um profissional de RH qualificado deve saber diagnosticar a cultura da empresa, estruturar e implementar uma cultura organizacional eficiente, alinhada aos valores e metas do negócio”, afirma Marcela.

Por onde começar

Segundo a especialista, o primeiro passo é realizar um diagnóstico de cultura. “Fundadores e até gestores de RH subestimam a cultura organizacional. Alguns acreditam até que não existe cultura. Mas a verdade é que toda empresa tem uma cultura. É preciso começar entendendo a visão da liderança sobre a cultura atual; o que a equipe realmente vive e sente no dia a dia; os gaps entre o que foi planejado e o que é executado e, por fim, montar um plano de ação prático para alinhar cultura, equipe e resultados”, orienta Marcela.