• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Plataforma on-line será criada para abrigar Empresas Simples de Crédito

A proposta contemplará também o fim da tributação dos investidores em empresas inovadoras

Uma plataforma on-line foi a saída negociada entre a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e o Banco Central para assegurar a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), cujo objetivo é aumentar a oferta de empréstimos para pequenos negócios. A proposta contemplará também o fim da tributação dos investidores em empresas inovadoras, as startups.

As novidades no segmento foram antecipadas ao DCI pelo relator da nova Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). A lei foi lançada pela primeira vez em 2006 e desde então vem sendo aperfeiçoada por meio de propostas apoiadas pela frente e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Na mais recente atualização, em 2016, a Lei Complementar nº 155/2016, o Banco Central orientou o presidente Michel Temer a vetar os dispositivos que previam a criação da ESC.

Facilidades

Essa nova modalidade de empresa financeira, a ESC, é uma das novidades da nova Lei Geral, cuja proposta será lançada até o início de outubro antes da data comemorativa do segmento, em 5/10. Segundo a proposta, a ESC terá atuação municipal e só poderá emprestar recursos próprios de seus empreendedores a pequenos negócios locais, que enfrentam dificuldades de acesso ao sistema bancário tradicional.

"Essa plataforma permitirá que o Banco Central acompanhe a movimentação dessas novas empresas", disse Leite. "Essa é uma questão já superada", complementou. Segundo o relator, a plataforma será um canal específico para as empresas simples de crédito. Elas vão se inscrever nesse espaço e nele farão suas movimentações de empréstimos, permitindo o acompanhamento on-line pelo Banco Central.

Facilitar o acesso ao crédito para os pequenos negócios é uma das prioridades da nova Lei Geral, segundo declarou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, em evento realizado, na segunda-feira (11), em Florianópolis (SC), para debater a proposta. Segundo Afif, as ESCs permitirão que pessoas físicas emprestem recursos próprios para pequenos negócios o que será essencial para estimular o crédito para esse segmento, hoje não atendido pelas grandes empresas do setor financeiro.

"Pesquisas do Sebrae indicam que 84% das empresas não sabem o que é crédito. O sistema bancário é grande demais para atender os pequenos", ressaltou o presidente do Sebrae, lembrando que, por conta das dificuldades em obter financiamentos, muitos empresários acabam recorrendo a medidas como o cheque especial ou cartão de crédito pessoa física.

Sem obstáculos e agiotas

De acordo com o relator, o BC reiterou que não criará dificuldades para a criação da ESC. "A verdade é que o Brasil precisa experimentar na prática essa nova modalidade de acesso ao capital em 5.500 municípios", defendeu Leite. Para vetar a ESC, em 2016, o BC alegou que os dispositivos previam a criação de estruturas empresariais já desenvolvidas pela Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte, disciplinadas em lei e em resolução do órgão.

Para o relator, não prospera a ideia disseminada por contestadores da proposta de que a ESC vai facilitar a expansão dos agiotas no País. "O perfil do agiota é o perfil do capitalista selvagem associado a uma intenção de intimidação e constrangimento. Esse personagem, que existe na sociedade, não é o objetivo da nossa lei. Queremos atender o cidadão que deseja ser empreendedor com o oferecimento de crédito para pequenos negócios", diferenciou Leite.

Outro dispositivo a ser incorporado à Lei Geral será a revogação de normas editadas pela Receita Federal em 21/7/2017, com a tributação dos rendimentos decorrentes dos contratos de participação efetuados pelos chamados investidores-anjo em micro e pequenas empresas inovadoras, as chamadas startups. "Nós iremos corrigir essa ação administrativa pelo texto da lei", disse Leite . "É uma decisão dinossáurica, feita por quem não compreendeu o espírito da lei de 2016 que regulamentou a figura do investido-anjo. Além disso, tributo não pode ser criado por norma da Receita."

Refis e ação judicial

Outra novidade é que a Frente vai propor uma ação judicial contra a notificação feita nesta semana pela Receita para excluir 500 mil micro e pequenas empresas inadimplentes do Supersimples. Para o deputado Carlos Melles (DEM-MG), presidente da comissão da nova Lei Geral, e tributaristas, o governo fere a Constituição ao levar essas empresas à informalização. A Frente quer pleitear um outro novo Refis para o segmento, após o Congresso votar o novo Refis para pessoas físicas e jurídicas.