• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

NR-1 torna obrigatória a integração entre RH e contabilidade para evitar multas; veja como colocar em prática

As novas exigências trazem benefícios para trabalhadores e demanda fortalecimento da gestão interna das empresas

A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) representa um marco para a saúde e segurança do trabalho no Brasil, introduzindo a obrigatoriedade de incluir riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Ela abrange fatores como metas excessivas, jornadas prolongadas, assédio moral e conflitos interpessoais, que afetam diretamente o bem-estar mental dos colaboradores. Embora a exigência passe a valer apenas em 26 de maio de 2026, especialistas recomendam que as empresas comecem a se preparar desde já.

Isso porque a mudança se conecta diretamente ao eSocial, plataforma que centraliza todas as informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais das empresas. Como o sistema já recebe dados de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), a inclusão dos riscos psicossociais no PGR ampliará o volume e a complexidade das informações enviadas. Esse novo conjunto de exigências torna indispensável uma integração mais estreita entre o RH interno, responsável pela análise de riscos ocupacionais, e a medicina do trabalho, visando a prevenção de impactos operacionais e financeiros.

A contabilidade, que atua como prestadora de serviços para envio das obrigações ao eSocial, também deve fazer parte desse fluxo, para que o cumprimento das exigências ocorra de forma adequada e sem inconsistências.

“Para as empresas, a mudança é uma oportunidade de fortalecer a governança trabalhista e construir um ambiente mais saudável e produtivo. O alinhamento entre RH e contabilidade é fundamental, pois qualquer falha na comunicação pode resultar em erros nos envios, gerar autuações e até aumento do Fator Acidentário de Prevenção (FAP)”, afirma a especialista trabalhista e previdenciária na Contmatic, Elaine Almeida.

Na prática, a implementação do GRO e do PGR exige que o RH monitore indicadores, avalie riscos psicossociais e adote medidas preventivas para reduzir ou eliminar fatores de adoecimento no ambiente profissional. Já a contabilidade, além de identificar atestados com CID relacionados a doenças ocupacionais ou afastamentos frequentes e sinalizar o RH para investigar as causas, também deve cruzar essas informações com os impactos financeiros e tributários, ajustando o planejamento de custos e prevenindo passivos trabalhistas.

“Com esse alinhamento, o GRO passa a refletir de forma fiel a realidade da empresa, permitindo que o PGR seja aplicado de maneira eficaz no controle dos riscos identificados, ao mesmo tempo em que assegura registros consistentes no eSocial”, reforça a especialista.

Além de atender à nova legislação, a implementação estruturada das ações indicadas promove benefícios diretos para o clima organizacional e produtividade. Ambientes de trabalho mais saudáveis tendem a registrar menor índice de absenteísmo, maior engajamento das equipes e melhor desempenho. “Investir na saúde mental permite que as empresas construam espaços de trabalho mais equilibrados, onde os profissionais se sentem valorizados e motivados a contribuir de forma consistente. Isso aumenta a confiança entre os colaboradores e ajuda a manter a boa performance no longo prazo”, reforça Elaine.

Para se preparar, as companhias devem mapear seus riscos, revisar políticas internas, oferecer treinamentos e integrar as informações de SST ao eSocial de maneira coerente e precisa. Pequenas e médias empresas com grau de risco 1 ou 2 e até 10 empregados, poderão adotar modelos simplificados de prevenção, mas continuam obrigadas a avaliar e monitorar os riscos, inclusive os psicossociais.

A fiscalização, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, será planejada, e também poderá acontecer por meio de denúncias, com prioridade para setores de alta incidência de adoecimento mental, como teleatendimento, bancos e saúde.

“Começar cedo é a melhor estratégia. Empresas que estruturarem suas rotinas de forma coordenada e promovem uma atuação conjunta entre RH, medicina do trabalho e contabilidade terão mais segurança na implementação, evitarão retrabalhos e, principalmente, estarão promovendo ambientes que priorizam a saúde física e mental de todos”, conclui Elaine Almeida.